18 de janeiro de 2015

Aula de Hoje, TEATRO DO ABSURDO,

 Teatro do absurdo nasceu do Surrealismo, sob forte influência do drama existencial. O Surrealismo, que explora os sentimentos humanos, tecendo críticas à sociedade e difundindo uma idéia subjetiva a respeito do obscuro e daquilo que não se vê e não se sente, foi fundamental para o nascimento desse gênero que buscava, na segunda metade do século XX, representar no palco a crise social que a humanidade vivia, apontando os paradigmas e os valores morais da sociedade como fatores principais da crise. A principal fonte de inspiração dos dramas absurdos era a burguesia ocidental, que, segundo os teóricos do Absurdo, se distanciava cada vez mais do mundo real, por causa de suas fantasias e ceticismo em relação às conseqüências desastrosas que causava ao resto da sociedade.

Teatro do Absurdo foi um movimento teatral desenvolvido por dramaturgos europeus e norte-americanos, entre as décadas de 1950 e 1960, a partir da visão existencialista de que a situação humana é essencialmente absurda e sem propósito. Apesar de não ser um movimento artístico formal e articulado, o Teatro do Absurdo constituiu-se em praticamente um gênero da dramaturgia mundial por conta de textos que tinham em comum uma visão pessimista da luta inglória dos homens para encontrar um propósito para suas vidas e controlar seus destinos. Os principais autores  do Teatro do   Absurdo foram Samuel Beckett, Eugène Ionesco, Jean Genet, Arthur Adamov e Harold Pinter. Nas obras desses dramaturgos, a humanidade é vista como sem esperanças, perplexa, confusa e ansiosa, a linguagem é cheia de nonsense e o comportamento dos personagens é geralmente ridículo e sem propósito. Em uma das mais famosas peças do gênero, "Esperando Godot", de Samuel Beckett, publicada em 1952, o enredo é praticamente eliminado e a sensação de um eterno tempo circular emerge a partir da atuação de dois personagens que sem nada para fazer ficam esperando um tal de Godot, que não sabem quem é, nem por que o estão esperando.

                               Como o próprio nome diz, o Teatro do Absurdo propõe revelar o inusitado, mostrando as mazelas humanas e tudo que é considerado normal pela sociedade hipócrita. Essa vertente desvela o real como se fosse irreal, com forte ironia, intensificando bem as neuroses e loucuras de personagens que, genericamente, divulgam o homem como um psicótico, um sofredor, um ser que chega às últimas conseqüências, culminando sempre na revolução, no atrito, na crise e na desgraça total. Extremamente existencialista, o Absurdo critica a falta de criatividade do homem, que condiciona toda a sua vida àquilo que julga ser o mais fácil e menos perigoso, se negando a ousar, utilizando-se de desculpas para justificar uma vida medíocre.

À Cantora Careca, uma espécie de absurdo teatro de fantoches para adultos, seguiu La Leçon (A Lição), uma paródia drástica e cômica sobre as consequências mortíferas de convenções pedagógicas e linguísticas, na qual uma professora de reforço escolar assassina sua aluna no final.

     No entanto, Ionesco tornou-se conhecido – inclusive internacionalmente – somente dez anos depois com Rhinocéros (Os Rinocerontes), uma fábula de animais sobre o poder do mal e o oportunismo.

        Alunos presentes: Bruna Cunha, Patrícia Nunes, Michel Ferreira, Camila Oliveira, Jorge Felix, Kleuny Alves, Handalo Felix, Douglas Gabriel, Cris Rabelo, Vanessa Silva.


Não há nada pior do que aquele que usurpa a arte sem deixar um pedaço de sua alma. A arte é troca. Eu lhe dou todo o meu sangue e volto com um pouco de seu coração.

Nenhum comentário: