6 de janeiro de 2017

CENSURADOS TEMPORADA - 2017

CENSURADOS

Inspirado na Obra: Liberdade, Liberdade, de Millôr Fernandes e Flávio Rangel.
Direção: Robinson Aragão

         A realidade instalada no Brasil a partir do golpe de 1964 deu um novo rumo ao teatro de Millôr Fernandes: defensor do livre arbítrio, ele se torna, desde o início, um ferino questionador do esquema repressor que dominava o país. O primeiro fruto desta atitude foi Liberdade, Liberdade, peça escrita com Flávio Rangel.
A obra tentou traduzir o inconformismo da nação perante o arbítrio e a repressão do regime, inaugurando um estilo de espetáculo que viria a ser chamado “teatro de resistência".

         CENSURADOS  recorre a 56 personagens para rever e reavaliar este tema, aplicando-o à realidade atual. Em cena, os atores se revezam na interpretação de textos clássicos de autores como Sócrates, Marco Antonio, Platão, Abraham Lincoln, Martin Luther King, Castro Alves, Anne Frank, Danton, Winston Churchill, Vinícius de Moraes, Geraldo Vandré, Jesus Cristo, William Shakespeare, Moreira da Silva e Carlos Drummond de Andrade, entre outros. O resgate dos períodos históricos passa também por canções ligadas ao assunto, interpretadas ao vivo. Nas palavras de Cecília Meirelles, também parte do texto, o espetáculo trata da “liberdade, essa palavra que o sonho humano alimenta, que não há ninguém que explique e ninguém que não entenda”.


Ø Sinopse:

         CENSURADOS é uma peça construída a partir da seleção de textos de diversos escritores, pensadores, artistas, políticos, filósofos e outras personalidades nacionais e estrangeiras que falaram sobre a liberdade. Os textos selecionados foram traduzidos (quando necessário), adaptados, fragmentados ou sintetizados pelos autores, compondo todos juntos uma unidade em torno do mesmo tema. Os atores não aparecem como personagens definidos e individualizados, pois são identificados no texto da peça pelo próprio nome: Bruna Cunha, Felipe Aires, Igor Mota, Jorge Felix, Kleunny Alves, Lucas Vasconcelos, Robinson Aragão, Sayonara Saraiva, Tchesca Bastos, Natanael Oliveira, Felipe Pinheiro, Marcelo de Sena, Fernando Dourand, Matheus Lopes e Lucas Almeida. A estrutura do texto é inovadora, pois não há tempo cronológico, os textos são costurados com canções e há, também, a presença do coro do teatro grego. Tem-se um jogo de cena evidentemente particular. Tudo ainda é articulado com uma sátira ao comportamento humano, especialmente daqueles que estavam, naquele momento, ocupando o poder.

         Em um prefácio para a peça, Millôr afirma: Tentamos fazer um espetáculo que servisse à hora presente, dominada, no Brasil, por uma mentalidade que, sejam quais sejam as suas qualidades ou boas intenções, é nitidamente borocoxô. E cuja palavra de ordem parece ser retroagir, retroagir, retroagir. E como não queremos retroagir senão para a frente, mandamos aqui a nossa modesta brasa, numa forma que, para ser válida e atingir seus objetivos espetaculares, tinha que ser teatralmente atraente. Se conseguimos ou não nosso objetivo deverão dizê-lo as poltrona cheias (ou vazias) do teatro.


- Eu não sei por que vocês reclamam tanto. Eu acho que o país está muito melhor.
- Melhor como?!
- Muito melhor do que no ano que vem!



Ø  Ficha Técnica
___________________________________________________________________

 
Ø  13254261_1163399930389767_2850387180006163838_n.jpgElenco:

Bruna Cunha
Felipe Aires
Felipe Pinheiro
Fernando Dourand
Igor Mota
Jorge Felix
Kleunny Alves
Lucas Almeida.
Lucas Vasconcelos
Marcelo de Sena
Matheus Lopes
Natanael Oliveira
Robinson Aragão
Sayonara Saraiva
Tchesca Bastos

Ø  Fotografia:

Robinson Aragão

Ø  Iluminação:

Marcus Vinicius

Ø  Sonoplastia:
 
Felipe Aires


Ø  Produção:

Jorge Felix

Ø  Realização:

Cia Viv'arte

Ø  Apoio Cultural:

Centro Cultural Bom Jardim.

Ø  Contatos:

robinsonaragao@gmail.com

85 - 986883092

Nenhum comentário: