COMPANHIA DE TEATRO VIV’ARTE
MISSÃO
Contribuir para transformação, dos participantes, utilizando o teatro
educacional como principal ferramenta de aprendizado, fortalecer o cuidado com
o outro, visando o crescimento das gerações futuras e preparar os participantes
para a convivência com as adversidades do mundo.
VALORES
Amor,
respeito, compromisso, cuidado, gratidão, honestidade, solidariedade,
protagonismo, prudência, amizade, inclusão, tolerância.
PROPOSTA PEDAGÓGICA
Formar
cidadãos com uma visão de mundo, fortalecendo sua compreensão enquanto pessoas
que os levam a serem produtivos, solidários, éticos, cooperativos, e justos,
que vivam em harmonia com a natureza e seu criador.
INTRODUÇÃO
O Bairro Bom Jardim, situa-se a
sudoeste de Fortaleza, tem como os bairros circunvizinhos o Conjunto Ceará,
Siqueira, Bom Sucesso e com o município de Caucaia. Segundo o levantamento do
Censo de 2010 IBGE, lá moram 37.758 moradores, distribuídos numa área de 2,53
km² , levando o bairro a mais populoso de Fortaleza, coliga outros bairros
como Siqueira, Canindezinho, Granja Lisboa, Granja Portugal e Bom Jardim,
compõem o Grande Bom Jardim.
Há relatos que o bairro tenha surgido
ainda na década de 60, período em que surgiram as primeiras famílias. Segundo
relatos o bairro não passava de uma grande fazenda, loteada pelo empresário
João Gentil, a oferta de terrenos a preços irrisórios favoreceu a venda de
muitos lotes, fazendo surgir a Rua Oscar Araripe uma das primeiras e hoje o
principal corredor da comunidade.
Nos idos dos anos 70 e 80 o bairro
começou a crescer desproporcionalmente, pois os terrenos ainda permaneciam mais
baratos em relação aos outros bairros da capital, nesse crescimento desordenado
surgiram as primeiras favelas, simultaneamente as ações do poder público já não
atendia as necessidades da população, poucas escolas, saneamento, segurança,
saúde, precários, fazendo com que a violência tomasse conta da região,
essa insegurança põe o bairro em
evidencia através da mídia, como sendo um dos mais perigosos e violentos da
capital, destaca-se o jovem como um dos agentes dessa violência e ponta nos índices de mortalidade.
Apesar do nome gracioso, a vida no
bairro ainda é de luta por melhorias, os moradores empossados de seus direitos
reivindicam soluções para mudar a realidade socioeconômica do bairro, minimizar
os impactos de violência, evitar o estereotipo negativo que a comunidade ainda
carrega.
Nessa perspectiva surge a Companhia de
Teatro Viv'arte, uma iniciativa do educador Roberto Robinson Aragão Gomes, que
após observações na escola onde foi aluno, Maria Alves Carioca, percebeu que
havia talentos que deveriam ser lapidados, surgiu o desejo de criar um grupo a
principio “Grupo de Teatro Evolução” em 18 de Agosto de 1999. Objetiva fomentar
a arte através do contato com alunos da comunidade e contribuir com a qualidade
de vida dos mesmos.
A Cia se reunia as segundas, quartas e
sextas-feiras no CAIC Maria Alves Carioca, das 18 as 20hs, no Bairro Granja Lisboa
até o ano de 2006, posteriormente com o crescente número de jovens que aderiram
a proposta, ideias inovadoras, a evolução dos alunos e o desejo de fazer
teatro, as aulas passaram a acontecer no Centro Cultural Bom Jardim, aos
domingos das 08h00min às 13h00min, até os dias atuais.
JUSTIFICATIVA
A Cia propõe uma pedagogia que promova
o desenvolvimento cognitivo de adolescentes e jovens, visto que o teatro
oportuniza trabalhar várias linguagens; corporal, verbal, plástica, escrita,
dentre outras, faz com que o individuo expresse de forma crítica suas vivências
e experiências, observando sempre suas ações e interagindo de forma atuante
diante da comunidade.
Essa proposta de trabalho foi constituída por uma
somatória de ideias, em fazer do teatro um instrumento de educação transformadora,
onde a mágica do teatro cria condições para ampliação do campo psicológico e se
constitui em elemento importantíssimo na formação intelectual, ética, moral,
artística e social do jovem do século XXI.
A própria organização social está a
exigir atualmente novas formas de comunicação. E sendo a educação um dos
setores desta organização social, não pode deixar de utilizar instrumentos que atendam
só exigências dos seus grupos humanos, reformulando esquemas tradicionais, substituindo
instrumentos e equipamentos de trabalho. Preocupado, portanto, em melhor
contribuir, o grupo se propôs a elaborar um trabalho com o binômio
Teatro-Didática e que se desenvolve num ciclo interativo de sentido ontológico,
focalizando sempre a natureza humana, modificada, alterada e transformada
diante do poder modelador dos fatores sociais, variando no tempo e no espaço
como realização concreta.
O teatro
aqui está funcionando como meio de comunicação direta, não transmitindo
estruturas preestabelecidas ou impondo ideologias, mas criando situações para
que o jovem, diante de novos elementos, possa criar e recriar em perspectiva
micro e macrossociológica.
O Projeto
justifica-se por fomentar a arte-educação através da interação e integração de
elementos ligados a conteúdos programáticos do ensino com a realidade vivencial
do jovem, em várias dimensões como; relação familiar, relação família-escola, profissional,
universitária, religiosa, política porque assim é o teatro, e principalmente a
comunitária.
OBJETIVO GERAL
Minimizar os impactos e os estereótipos
negativos da Comunidade, através da valorização e difusão das expressões
artísticas, sendo o teatro essa ferramenta pedagógica de transformação.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
·
Subsidiar
os sistemas formais de educação nos vários ciclos, através da utilização de
técnicas teatrais associadas às diferentes expressões culturais tais como:
literatura, música, dança.
·
Contribuir
com a integração social e cultural entre grupos de teatros, através de
apresentações, espetáculos, seminários, workshop.
·
Colaborar
com ações significativas que valorizem a comunidade, sendo o teatro o mote para
mudanças.
METODOLOGIA
A metodologia empregada será teórico-prática, onde
serão experimentados jogos teatrais, dramáticos e de aprendizagem, aulas expositivas com conteúdos distintos as
linhas do pensamento teatral, conceitos, práticas e tendências destacando-se o sujeito participante –
jogador e receptor – na aprendizagem e apreciação da linguagem dramática.
A Cia prima por uma prática de educação estética
que leve em consideração a formação politica de seus integrantes, esforça-se
para que alcancem uma consciência capaz de superar as mazelas sociais. Focaliza
os trabalhos em pesquisas com abordagens metodológicas do teatro com ênfase no
jogo teatral, bem como a criação de personagens a partir das estéticas
estudadas, proposições de textos como deflagradores do processo pedagógico.
Problemas sociais contemporâneos surgem como temas
privilegiados nos trabalhos a serem realizados agindo assim como uma ação
cultural importante para alcance dos objetivos desse projeto.
Trabalha-se o desenvolvimento da linguagem artística,
vinculado ao corpo e voz como corporeidade, contempla ao receptor a apreciação
de espetáculos teatrais, onde essa experiência significativa promove a
apreciação e criação de seus personagens, são formas de trabalhar a construção
de valores estéticos e o conhecimento de teatro, através de suas próprias
leituras.
Os métodos empregados desafiam, resistem aos
sistemas criados pelos discursos dominantes e de práticas de uma cultura
imposta, as práticas aqui propostas cria espaços e possibilidades para uma nova
consciência pós-moderna, onde os coparticipantes são sensíveis à pluralidade,
diversidade, inclusão e justiça social.
Busca-se ao final de cada processo promover ações
que valorize cultura do teatro bem como apresentar um comunidade viva, que luta
e busca pela qualidade de vida de todos (as).
AVALIAÇÃO:
O Processo
de avaliação será continuo.
Serão observados
o entrosamento e o envolvimento do grupo, senso de solidariedade, criatividade,
criticidade, democracia, conhecimento a respeito das estéticas e jogos
dramáticos, atuação quando a serem agentes transformadores, ações e reações,
seja no âmbito afetivo, emocional ou cognitivo, reforma íntima, fatores
importantes para a formação do ser-ator, ator-ser.
CONCLUSÃO
Busca-se ao
final de cada processo que o Teatro pedagógico favoreça a promoção da
alto-estima, a alto-expressão, os valores morais, atitudinais, conceituais,
sobretudo da criatividade e da livre expressão, sejam desenvolvidos. O processo
ação – sensação - reflexão possa ser compreendidos pelo alunos desde a postura
e domínio corporal, relação com os fatores de movimento: tempo,
espaço e fluência de forma harmoniosa, a autoconfiança para apresentar-se em
espetáculos ou mesmo como representatividade da comunidade, o respeito para com
o grupo, sabendo ouvir e ser solidário, formular de ideais, resolver situações
problemas, e tudo que constitui os pilares da educação: aprender a ser,
aprender a fazer, aprender a conhecer e aprender a viver juntos.
Contudo,
minimizar o estereótipo negativo da comunidade através de ações de intervenção
frente às violências, sendo o teatro essa ferramenta pedagógica de acesso a
todos (as), contra essa mídia deturpadora.
ORGANOGRAMA DA CIA
Atualmente a Companhia é composta por:
Diretor Geral: Robinson Aragão
Coordenador Pedagógico: Kleunny Alves
Captação de Recursos: Bruna
Cunha
Diretor de Mídias Digitais e Produção na WEB: Igor Mota
Marketing: Felipe Aires
Secretaria: Sayonara Saraiva e Marília Lima
Fotografia: San Cruz
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